A música parou antes do fim da festa. Ela ficou
estática no meio do salão vazio, perdida no compasso do silêncio, sem ponto de
partida nem de chegada, sem armas no meio da guerra. Restava-lhe escutar os
passos da solidão que avinagrava as lembranças boas com a acidez da separação. Sabia
que não poderia ser de outro jeito e mergulhava num abismo irreversível de
descrença naquilo que um dia acreditou. Não havia remédio; nada mais remendaria
aquela taça quebrada, então precisava não ser, não sentir, até que a vida a tirasse pra
dançar outra vez.
Aíla Sampaio
Tão suave esta dor...dá até vontade de chamá-la para dançar!
ResponderExcluirAbração do Pedra
www.pedradosertao.blogspot.com
Obrigada pela visita, Araceli. Beijos! <3
ResponderExcluirQue lindo, me senti ela!
ResponderExcluirwww.luizainloosepapers.blogspot.com