terça-feira, 28 de maio de 2013

O suficiente não era o bastante






No começo eu queria os teus finais de tarde. Depois, desejei as tuas manhãs. Mais um pouco e eu quis as tuas noites inteiras; não havia tempo que bastasse pra matar a minha fome da tua presença.

Aíla Sampaio 






terça-feira, 21 de maio de 2013

O tempo das coisas






É preciso respeitar o tempo das coisas. Antecipar ou retardar o movimento delas implica a quebra do pacto silencioso que a natureza faz conosco e as consequentes mudanças que, invariavelmente, desfavorecem o ciclo da vida.

Aíla Sampaio 




Despedida

 


Na despedida, ele colocou esperanças desbotadas nos olhos dela, como quem planta uma semente seca em terreno fértil. Nada floresceu além de lembranças encardidas e  alguns versos desagasalhados.

 
Aíla Sampaio





sexta-feira, 17 de maio de 2013

Livro DE OLHOS ENTREABERTOS








À venda na Livraria Cultura



http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=30351751&sid=66249768515324800426527518




Para não correr riscos é preciso não ter nascido.




Aíla Sampaio



Natureza








Dormiu lagarta e acordou borboleta, mas nunca aprendeu a voar. Sua natureza era rastejante...

Aíla Sampaio




Alma cigana





O tempo me puxa pelos cabelos. Avia-te, amor, ou já me encontrarás acostumada à solidão e talvez eu não queira mais viver sem a companhia dela. O vento me arrasta pela mão... Não deixa que ele me leve, amor; posso habituar-me ao abraço do efêmero e ressuscitar minha alma cigana! 


Aíla Sampaio