Poemas, contos, imagens... palavras e silêncios. Mergulhos e naufrágios de AílaSampaio
quarta-feira, 21 de março de 2012
Corações áridos
Há corações que são terra calcinada, devastada pelos estios. Deixaram-se secar com a falta de rega e não mais reconhecem o olhar jardineiro do tempo. Querer tocá-los é arriscar pisar num jardim que não sabe mais florir. Às vezes vale a pena ensiná-los a desaprender o abandono e permitir que reverdeçam seus galhos secos; que renasçam as tulipas e as orquídeas soterradas sob a aridez da descrença. Às vezes é inútil tentar... insistir pode cavar os nossos próprios desertos ou fazer-nos habitar geleiras sem que estejamos aptos à solidão ou à indiferença cruel das almas áridas e desabitadas de sol.
Aíla Sampaio
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CICLO INEVITÁVEL
“Faz tempo, sim, que não te escrevo, ficaram velhas todas as notícias”, disse o poeta num soneto à mãe nos anos 40. A velocidade do temp...
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Finalmente vi, sem dor, teu olhar colher a tarde e o vento cobrir-te do vermelho-alaranjado que desceu do céu. Não eras mais meu... parei ...
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O Livro das ausências , de Hermínia Lima, traz dezenas de poemas acerca de faltas que habitam, ausências presentificadas pela saudad...
Lindo, lindo seu blog.
ResponderExcluirQuero seguir não sei como. Dá a dica?
Abraço forte.