segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A paixão





A paixão faz com que troquemos as cores, os dias e as horas. Arrebata-nos, tira-nos certos sensos, idiotiza-nos, por vezes. Isso é maravilhosamente humano. Por algum tempo nos admitimos surdos, cegos; embevecidos, nos doamos incondicionalmente, mas chega um momento em que as cores recuperam suas matizes, os dias retornam à cronologia do calendário, e os ponteiros do relógio voltam a funcionar em sentido horário...  era só mais um sonho de Ícaro; só mais um sentimento que não resistiu à luz do dia! É lucro não perder o eixo e manter as asas... o resto é sobra de festa, não se faz questão.

Aíla Sampaio

4 comentários:

  1. É verdade, Aíla, é verdade...
    Aprecio muito, também, essa humanidade vívida do seu texto.
    Beijos

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  2. Aíla esse seu texto trás dentro de si a triste realidade de como a paixão é perene. Mas eu te digo com propriedade, que viver dentro dela, nos faz vibrar como uma corda tensa no ar.

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  3. Aninha, essa humanidade está em mim como os meus próprios olhos. Menina cintilante... paixão é como poesia: dói mas eu não vivo sem.

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  4. Como é bom sentir tudo isso, estar apaixonada... e como é triste se perceber desapaixonar, é como despertar de um sono profundo, numa cama confortável, com lençóis aconchegantes e os melhores sonhos... É triste assim! A paixão é maravilhosa, ainda que fúlgas!
    Fátima Perrone

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