Há pessoas que são ternas como o canto dos pássaros. Elas conseguem acordar nossos melhores sentimentos e nos ensinar que somos livres para ser o que somos. Outras são como as abelhas: só fazem o doce da vida na própria colmeia; se saem dela, picam com seu ferrão, provocando terríveis dores. Há, ainda, as que são como escorpiões. A proximidade humana exacerba sua natureza nociva, e o veneno que escondem escorre nos traiçoeiros botes; vivem do poder danoso dos seus tentáculos, mas, sem eles, são apenas uma inútil carcaça. Salvo os casos patológicos, todos podemos escolher o bicho que nos é conveniente ser. Não esqueçamos, porém, que os bichos não têm alma; nós temos.
Aíla
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