terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tarde

Vontade de ti como, no verão, de um mergulho:
o corpo em chamas pedindo água.
Secos os rios e os olhos...
Já nem choro, só o coração lateja
descompassado sob o peito que arde.



Restam-me apenas o mar e seu pedregulho
meu olhar desfeito, minha boca seca
e a salobra sensação de que cheguei tarde.

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