quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Apascentando sonhos







Como ser o teu espaço
e tua possibilidade?
O obstinado rio
a despejar no teu mar?
Quem me dera ser teu porto
no instante em que a vida arda,
não ser apenas o outro,
não ser aquele que tarda.
Pudesse te encontraria
no leito branco de nuvens,
mistérios apalparia
num sonho doce e suave.
Então, tu me indagarias:
– Trouxeste a chave?
– Sim, querida, e a lua...
– Entra, sou toda tua.



Carlos Vazconcelos

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