Eu te esperava desde os
contos de fadas,
quando a
esperança galopava um cavalo branco
e os príncipes
existiam;
desde um imemorável
maio
quando, em pranto, vi
a luz do sol
esgarçar o dia pela
primeira vez.
Desde a água benta na
pia batismal,
eu te espero sorver o
sal da vida
que nos predestinou
no livro de Jó.
Sob as chuvas ou
contando estrelas,
cresci para ti, as
mãos cheias de ardis
para enredar-te em
meus braços,
nunca mais ser só.
nunca mais ser só.
Separaram-nos silêncios
hostis
e maçãs envenenadas,
até teu olhar redimir-me
no nosso
novo primeiro encontro
quando nos juramos
calados
nunca mais dizer
adeus.
Enfim
nos
encontramos no outono,
mas as secas folhas
do passado
que já tinhas
antes da minha chegada
soterraram impiedosamente todos
os meus sonhos.
Aíla Sampaio
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