Habituei-me
a ti como às ruas por onde passo automaticamente.
A mesma paisagem
após o café,
a sempre mesma palavra a Deus por mais um dia,
a sempre mesma palavra a Deus por mais um dia,
a mesma
vontade de outro olhar que esvaziasse a mesmice que viramos.
Teu corpo,
via de mão única do meu percurso diário,
escorregou do meu
desejo...
fez-se apenas um quadro na parede da sala;
um móvel
que (não) posso trocar de lugar.
Aíla Sampaio
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