Ele me olha feito ave voando,
esquecido de angústias
e preguiçoso para as tristezas;
até parece que já nasceu sorrindo pra mim.
Ele escuta a canção do vento
como se fosse a minha voz
sussurrando o seu nome...
E me abraça no escuro do quarto
como se eu estivesse presente,
e dos meus braços sentisse fome.
Sei que existo nele como as suas mãos
existem na saudade que me escreve.
E ele, desde muito pressentido,
existe em mim qual um amor antigo
que está em meu corpo vestido
como a minha própria pele.
Aíla Sampaio
E que todas nós tenhamos um Ele assim!
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