Um dos mais difíceis aprendizados é o da espera. Sobretudo se não
sabemos quando virá o que tanto esperamos
ou mesmo se virá. Arriscamos,
muitas vezes, subindo de joelhos os degraus do tempo, expostos ao sol,
mas presos à esperança de que teremos o que desejamos. Secam os rios,
desbota a nossa pele e, submersos noutras necessidades bem mais prementes
que vão se avolumando, colocamos a um canto dos quereres, numa caixinha
de guardados que vai
embolorando, nosso tão precioso bem (quase) inatingível.
Acontece, não raro, que quando estamos distraídos, já com a frustração do não-vir se resolvendo, bate à porta o objeto dos nossos sonhos, com todos os eflúvios do que chega por vontade... Pois não é que nos constrangemos com o querer sentir alegria e não sentir? A sem-graceza nos comove... O produto perdeu a validade, deteriorou-se pelo caminho longo, extraviou o brilho do tecido. Demoras extensas demais esgarçam a emoção. Melhor talvez seria nunca ter chegado (ou não tão tardiamente). Desejos, como crimes, também prescrevem.
Acontece, não raro, que quando estamos distraídos, já com a frustração do não-vir se resolvendo, bate à porta o objeto dos nossos sonhos, com todos os eflúvios do que chega por vontade... Pois não é que nos constrangemos com o querer sentir alegria e não sentir? A sem-graceza nos comove... O produto perdeu a validade, deteriorou-se pelo caminho longo, extraviou o brilho do tecido. Demoras extensas demais esgarçam a emoção. Melhor talvez seria nunca ter chegado (ou não tão tardiamente). Desejos, como crimes, também prescrevem.
Belíssima postagem!
ResponderExcluirMuito interessante o seu espaço!
Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//