terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sem rasuras


Desejos realizados e desrealizados. Silêncios tumultuados. Vazios repletos. Ser sem a opção de não-ser. O que cansa é esse vai-e-vem de vontades e desvontades, a falta de medida para os sentimentos; é anoitecer sem ter amanhecido... Há de haver um momento em que nada importe ou doa; em que não se sinta nem se seja, em que apenas se escute os passos delicados do tempo, sem rasuras na pele ou na alma.

Aíla Sampaio

2 comentários:

  1. Texto quadrado...dirão!
    Texto profundo...argumentarão!
    ...Simplesmente um texto...bem estruturado!
    Parabéns!

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  2. Palavras de profunda admiração e grande delicadeza.
    Parabéns pelo blog. Estou seguindo.
    Beijos e ótimo final de semana s2

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