quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tumulto





Rasguei tuas fotografias;
de joelhos, desfiz as juras,
como quem pede perdão,
e mergulhei nas águas geladas
da última manhã de maio.
Não em silêncio absoluto.
Um tumulto sem voz
e uma tristeza aguda
gritaram pelos meus olhos
e lavaram a perplexidade
do meu rosto, enterrando no peito
uma dor superlativa e muda.



Aíla
 
 
 

3 comentários:

  1. Olá. Gostei muito do seu blog. Já estou seguindo. Sua aluna @Lucianascsh que indicou.
    Parabéns. Passarei sempre por aki. Quando puder visita o meu. ;)

    ResponderExcluir
  2. Toda dor superlativa é muda .
    Toda dor superlativa é muda !
    Toda dor superlativa é muda ?
    Toda dor superlativa é muda ...
    Por quê ?
    Rômulo

    ResponderExcluir
  3. Muito cru, real e lindo, amiga!
    Essas manhãs de maio me lembraram as tardes de maio do Drummond.
    Beijos!

    ResponderExcluir

CICLO INEVITÁVEL

  “Faz tempo, sim, que não te escrevo, ficaram velhas todas as notícias”, disse o poeta num soneto à mãe nos anos 40. A velocidade do temp...