terça-feira, 28 de junho de 2011

Sem nada



Inventei claridades azuis
e descalcei as horas
para que o meu segredo
não acordasse antes da meia-noite.
De nada adiantou tanto zelo.
Os anos roubaram-me as cores
e ergueram muitos muros
entre os meus sonhos e a realidade.

Em silêncio, esperei as fadas
com suas carruagens de abóbora,
mas derrapei em muitas curvas
e demorei pela estrada.

Perdi a festa e o tempo...
...fiquei à mercê dos ventos
sem príncipe e sem madrasta,
sem nada!

Aíla

2 comentários:

  1. Apenas sugestões: pinte os muros de claridades azuis e transforme a realidade em sonhos. E, então, o príncipe surgirá carregado pelos ventos, enquanto as fadas pousarem no seu travesseiro ao lado da poesia.
    E você terá uma nova festa do tempo ...
    Rômulo

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  2. Que bonito, Rômulo... adorei a sua sugestão! Um poema em prosa! Bjs, Aíla

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