O amor, aquele vendaval
que me descabelava
e me deixava ultimamente
de andrajos,
foi o último trapo que vesti
em tua homenagem.
Não quero mais fantasiar-me de mulher feliz
nem andar à toa pelos estreitros becos
de andrajos,
foi o último trapo que vesti
em tua homenagem.
Não quero mais fantasiar-me de mulher feliz
nem andar à toa pelos estreitros becos
da solidão
que me deste por morada.
Quero a liberdade de não amar
urgentemente;
a nudez do teu corpo
(que era meu bem mais precioso)
podes levar,
não me fará nenhuma falta.
Aíla
Aíla
Querida Amiga, Aíla Sampaio,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo "Banho de Cultura" que me deu com este seu Blogue.
Muito Obrigado!
Abraço
Carlos Leite Ribeiro
Aila, teu poema tem um desabafo maravilho de quem já sentiu o desamor, mas o que seria o desamor senão o amar e o amar a si para que a liberdade nasça no bojo do poema? Gosto da sua forma desprendida, uma suave e revoltada maneira de dizer “eu não te quero ou eu não te amo”. A poesia tem dessas coisas. Ora social, ora lírica. O eu-poético tenta se desprender da realidade e luta, urra quando o verso verseja por si! Quase não pode as palavras com o apelo do não. Mas como você mesma diz: “O amor, aquele vendaval”. Passa.
ResponderExcluirCarlos e Zé Leite... obrigada pela visita, pela leitura, pelos comentários. Que esse vendaval que é a minha cabeça tenha sempre a palavra pra não virar temporal. O comentário de vcs é precioso. Abs, Aíla
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