quinta-feira, 10 de junho de 2010

De mãos dadas


Foi por ti que esperei quando o sol nasceu,
quando ele se pôs, e a noite avançou
sobre o meu desejo.
Foi por ti que eu chamei quando um novo dia veio
e mais tarde a lua o envolveu em penumbra.

Tu chegaste, finalmente, para iluminar
os meus caminhos
e me ajudar a atravessar a aridez do deserto.
Não olhemos para trás.
A ventania decerto
tentará jogar areia nos nossos olhos
e nos cegará.

Sigamos em frente, de mãos dadas,
e esperemos juntos as respostas
às nossas interrogações...
não paremos no meio da estrada,
nem esqueçamos de olhar na mesma direção
se não, moreremos de sede
ou, quem sabe, secos, sem coração...

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