
Um dia, meu amor, meus braços nus
hão de vencer as noites e abatê-las,
quando, depostas a treva e a cruz,
o meu olhar cantar em síncope de luz
a eterna melodia das estrelas.
E o final, como um canto de magia,
seremos nós, das folhas à raiz.
E será tão perfeita a sinfonia
que o próprio Deus que fez a noite e o dia
dos céus distantes há de gritar: "bis!"
(ACB - 07/12/2008)