quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ITINERÁRIO DA EMOÇÃO


Quem faz uma mulher
faz uma tarde
e seus vestígios poentes.
Faz a noite
e, num só momento,
faz igual
o que, por desigual,
é diferente.

O primeiro homem
é sempre a primeira estrela
a aparecer no céu
mas não é a única.
Novas noites acordam o delírio
de um dia à frente
se não se encontra no crepúsculo
o itinerário da emoção
que é etérea e não passa nunca

(do livro “Amálgama” (1991))

2 comentários:

  1. pois vc é pena forte, Aíla, admirável.
    A síntese poética me assombra, os múltiplos significados enroscados em curtas passagens. Flor nas frinchas.
    Gosto demais

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  2. Oi Aíla,adorei esse poema!
    Alías,todos os poemas do livro.
    Beijo

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