Há dias em que o coração amanhece cheio de pássaros cantando. O movimento da vida rebobina sangue nas artérias e aciona os dispositivos desligados pelo cansaço. O que nos cansa? Certamente não é o trabalho; é a ginástica que fazemos todos os dias para sobreviver à falta de educação das pessoas que não têm noção de quem existem outras no mundo (além delas mesmas), à violência que nos espreita em alguma esquina da cidade. A mídia não dá trégua, faz questão de nos deixar na expectativa: serei a próxima vítima. O que nos cansa é a insatisfação com o que temos, a não aceitação do que somos, a falta de fé no que virá. Vivo, por decisão, um dia de cada vez. Aprendi, com a maturidade, a só ver o que realmente interessa e a selecionar as preocupações. Com o que não é essencial, faço como a Scarlet O'hara, digo: "penso nisso amanhã". E o vento que leve o que não é leve. Não abro mão da alegria de estar viva, ter o que tenho e ser o que sou!
Aíla Sampaio
Poemas, contos, imagens... palavras e silêncios. Mergulhos e naufrágios de AílaSampaio
sexta-feira, 29 de abril de 2011
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CICLO INEVITÁVEL
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