insistem em voar da minha boca,
mas são pássaros de asas quebradas
que não vencem a tomenta do tempo;
que não vencem a tomenta do tempo;
não permitirei, jamais, que saibas,
sequer que desconfies,
de tão tumultuado silêncio!
Tu só verás orvalho nos meus olhos
como se da noite saídos sem agasalho;
jamais entenderás que são lágrimas.
Foi sempre assim nossa história:
um eterno ir e vir de silêncios e palavras,
um caminho, com muitos desvios,
sem ponto de saída ou chegada.
Parto, agora, de onde nem sei se estive.
Vou sem dizer-te que ainda vive,
como uma flor que no deserto resiste,
o mesmo amor de outrora.
Belo!!!!
ResponderExcluirBelíssimo poema, Aila! Palavras como "pássaros de asas quebradas / que não vencem a tormenta do tempo" é algo poético 'na raiz'.
ResponderExcluirAbraço.