enquanto te ocupas em marcar
o meu próximo passo,
um pássaro me oferta suas asas
e o sol arrefece seus raios
para me ver alçar voo.
E quando penso que enfim driblei
a tua fúria, tu, agasalhado na
imponderável sina, não respeitas
meu desejo de rasgar as distâncias.
Ris da minha pretensão de querer
arrebentar as amarras
e astuciosamente planejas a minha queda.
E tão bruscamente me fazes enxergar
que era de crepom o pássaro e inconsistentes
as asas, que esqueço de te condenar
e me censuro por sonhar tão alto.
Aíla Sampaio
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