segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nunca mais



Jaz teu corpo.
Nunca mais tua boca
fará de mim teu alimento.


És um homem morto.


Nunca mais tuas mãos
tocarão meu corpo;
nunca mais nossos olhos
se beijarão em silêncio.

Só o tempo nos unirá um ao outro
quando enterrados estivermos
na indiferença, no esquecimento.



Aíla Sampaio, 22/08/2010

2 comentários:

  1. Aila, vejo que esse poema muda o prumo dos teus sentimentos. Estás a enterrar uma hitória e os versos são uma boa forma de expurgar a dor. Tristes, mas belos versos.

    Abs. Olavo

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  2. epitáfio de um amor vivo...
    forte e me encerra no silêncio do que não soube dizer, nunca saberei - sinto muito....
    bom demais como vc
    beijo

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