Poemas, contos, imagens... palavras e silêncios. Mergulhos e naufrágios de AílaSampaio
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
A poesia
A poesia é uma forma de inventar e desinventar amores. É bom vê-los começar e terminar sem lágrimas, despencando apenas das palavras que lhes deram a luz. A linguagem poética cria, recria e descria realidades sem tocar uma nesga de sua concreta (?) estrutura. Assim, encontros se fazem, despedidas latejam, dores adormecem e acordam no mesmo compasso. Gosto de fazer rastejar o que me põe a alma cansada. Gosto de fazer com as palavras o que não posso fazer com os olhos e as mãos. Mas nada, absolutamente nada, tem certidão de nascimento, nome ou endereço. Tudo nasce e desnasce sem compromisso com o que, quem ou quando. A poesia é minha deserção desse mundo que, por mais íntimo que tente se fazer, me é inevitavelmente estranho.
Aíla Sampaio
Assinar:
Postar comentários (Atom)
QUEM MANDOU?
Devia ser d omingo e ela estava engordando. Mas fez a pergunta fatal e ele saiu sem dar resposta. Tão s...

-
“Faz tempo, sim, que não te escrevo, ficaram velhas todas as notícias”, disse o poeta num soneto à mãe nos anos 40. A velocidade do temp...
-
Devia ser d omingo e ela estava engordando. Mas fez a pergunta fatal e ele saiu sem dar resposta. Tão s...
-
A cidade de me esconde entre ruas e esquinas, perdida em mim como suas avenidas entre semáforos e arranha-céus. Não sabe do mundo intei...
Nenhum comentário:
Postar um comentário