Numa esquina qualquer de abril, ela deixou a atenção que ele não lhe deu, os telefonemas que não retornou, e a vontade inútil de vê-lo com vontade dela... Largou a espera, como se fosse uma caixa vazia, nos desvãos das horas perdidas e irrecuperáveis. "O que não foi é porque não deveria ter sido", resignou-se. Viu que já era maio, com suas ruas claras e seu cheiro de flores. Sem mais vontades urgentes, olhou a paisagem de festa e viu as respostas do tempo em seus sapatos novos... Ficou alguns minutos em silêncio, depois jurou que teria muito cuidado para não perdê-los na escadaria errada mais uma vez!
Poemas, contos, imagens... palavras e silêncios. Mergulhos e naufrágios de AílaSampaio
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