(Par de Botas - Van Gogh)
Descalcemos as botas lamacentas da arrogância e pisemos nosso orgulho. Todo sentimento de superioridade inferioriza a alma. Não somos mais nem menos que os outros, somos parte de um todo, uma das células do organismo desse cosmo que agoniza diante dos nossos olhos. Precisamos extirpar o tumor das vaidades, debelar as epidemias de egoísmo e prepotência para que possamos atravessar a vida sem muletas, sem tantos analgésicos e julgamentos. Que nos vejamos no outro e a ele não façamos o que nos machucaria; que possamos atravessar nossos próprios muros e abrir as portas da nossa casa-coração para o pomar que plantamos do lado de fora... Só aí saberemos o resultado das sementes que distribuímos com descuido, enquanto o tempo nos consumia na luta... só aí conheceremos o sabor (acre ou doce) dos frutos que cultivamos. O que somos será sempre resultado do que fomos e fizemos. A vida é inexoravelmente uma via de mão dupla. Não há ida sem retorno.
Aíla Sampaio
Poemas, contos, imagens... palavras e silêncios. Mergulhos e naufrágios de AílaSampaio
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
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Aíla eu olho e vejo...seus textos são bons demais.
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