Fugi de todos os destinos
mas eles ainda atravessam o meu caminho
como fantasmas que se revezam para assombrar-me.
De nada adianta dormir;
a lida contra o vento se estampa em meu rosto
como palavras num pergaminho
e é irreversível a marca das tempestades.
Ninguém devora a carne do tempo impunemente.
Das braçadas contra a correnteza,
restou o cansaço, ficou a incerteza do porto
ancorada em presenças ausentes,
cidades perdidas no mapa da memória.
Fiz de nuvens o meu castelo alado.
e sobre escombros escrevi minha história.
De nada adiantou seguir os desvios
e quebrar as correntes:
Ninguém consegue fugir ao fado.
Fugimos de alguns
ResponderExcluirOutros nem tanto...
Já fugi do medo
Deixei-me pegar pela paixão
Fugi do sol poente
Deixei-me pegar pela noite no céu
Fugi do amor
Outra vez estou amando...
Ah! esses tristes e maus fados.
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