segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Valsa



Nada mais sei quando começas a dedilhar minha pele

como se tocasses uma valsa.

Rodopios incontinentis atravessam o quarto

enquanto furto as cores das tuas palavras

para desenhar o meu castelo.




Nada mais quero senão passear descalça

sobre os lençóis macios que guardam nossos segredos;

ver teu corpo refletido no espelho

a sangue frio me atravessando

como se atravessasse a brava correnteza de um rio.

CICLO INEVITÁVEL

  “Faz tempo, sim, que não te escrevo, ficaram velhas todas as notícias”, disse o poeta num soneto à mãe nos anos 40. A velocidade do temp...