A CÉU ABERTO
Tuas palavras, mais que teus gestos,
cortaram-me em partes desiguais
como um assassinato a sangue frio;
atravessaram meu incerto destino
desviaram-me do caminho
tuas palavras, mais que teu gestos.
Nada fizeste. Mas tudo explodiste
quando disseste que te ias com outra
e que nada mais havia entre nós dois...
Louca fui eu de te amar, nem protesto.
Digo adeus em silêncio, e morro a céu aberto,
sem pensar no que virá depois...
Poemas, contos, imagens... palavras e silêncios. Mergulhos e naufrágios de AílaSampaio
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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CICLO INEVITÁVEL
“Faz tempo, sim, que não te escrevo, ficaram velhas todas as notícias”, disse o poeta num soneto à mãe nos anos 40. A velocidade do temp...
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“Faz tempo, sim, que não te escrevo, ficaram velhas todas as notícias”, disse o poeta num soneto à mãe nos anos 40. A velocidade do temp...
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Finalmente vi, sem dor, teu olhar colher a tarde e o vento cobrir-te do vermelho-alaranjado que desceu do céu. Não eras mais meu... parei ...
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O Livro das ausências , de Hermínia Lima, traz dezenas de poemas acerca de faltas que habitam, ausências presentificadas pela saudad...
despedidas e dores ficam melhores nos poemas. ficam mais belas.
ResponderExcluirmuito bom.
Aíla, sem dúvida, as palavras cortam e maltratam mais que gestos e que atitudes. O poder das palavras é muito forte:
ResponderExcluir"ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
a liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
e dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam..." (CM)