A vastidão do meu mundo desenha-se entre as quatro paredes onde me escondo com os meus fantasmas. Do lado de fora, a vida acontece e não espera que as minhas tragédias íntimas tenham fim, para marcar o próximo passo. Fujo, mas, quase sempre, me vejo obrigada a descer as escadas e ir pra guerra desarmada. O que me amedronta não são as balas nem a iminência da morte. É essa casa desmoronada que me habita; é a incapacidade de erguer novas paredes para recomeçar e sobreviver aos meus enigmas.
Poemas, contos, imagens... palavras e silêncios. Mergulhos e naufrágios de AílaSampaio
domingo, 1 de fevereiro de 2015
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