quinta-feira, 16 de agosto de 2007

MOLDURA


(Para Pedro, meu pai)

Calma
a lua se anuncia
se insinua
como se nua
fingisse mais recato;

Rápido se inicia
a cortante melodia
dos pássaros.

Uma estrela sorri
emoldurada de adeus...
é a tua presença
na ausência dos teus traços,
é a tua falta,
ocupando meus espaços

(Do livro “Desesperadamente Nua” (1987))

2 comentários:

  1. Esse poema " Moldura",é muito forte, pela proporção quando perdemos alguém querido,como o nosso pai, essas palavras refletem muito em nossos pensamentos como a saudade de sentir um abraço,e pelo seu Adeus tão cedo.
    Quando diz: Uma estrela sorri
    emoldurada de adeus...
    é a tua presença
    na ausência dos teus traços,
    é a tua falta,
    ocupando meus espaços

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  2. Esse poema é lindo mesmo!
    E muito profundo, agora me instigou a ler 'Desesperadamente Nua'.
    E me remeteu a saudade que sinto de meus pequenos sobrinhos (irmãos-amigos) e de minha irmã (mãe-amiga) que moram do outro lado do oceano.

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